Agrupamento
A peregrinação dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude passou por Albergaria e também foi à escola.
No dia 9 de março, os símbolos visitaram as localidades de Alquerubim e S. João de Loure. A cruz peregrina e a imagem de Nossa Senhora, denominada Salus Populi Romani (proteção do povo romano), foram recebidas na Igreja paroquial de Alquerubim pelo Pe. José Augusto tendo, de seguida, circulado em visita às várias instituições da paróquia. Nesta romaria, pelas 11:00 horas, ‘bateram à porta’ do Centro Escolar de Alquerubim.
Em articulação com o Pe. José Augusto, o pároco, as professoras do estabelecimento tinham ensaiado previamente os seus alunos para que cantassem o “Guiado pela Mão” e construíram um terço com flores de papel, trabalho que só foi possível com a entrega abnegada das auxiliares de educação que com elas colaboram.
A festa estava bem preparada para receber os símbolos e foi em festa que foram recebidos. O terço de flores foi colocado no centro do recinto, os alunos começaram a cantar ao som da viola do professor de EMRC e entrou na escola um número significativo de pais, avós e outros familiares dos nossos alunos, trazendo uma enorme e contagiante alegria e transportando os símbolos das JMJ, que foram colocados um de cada lado do terço.
A professora Sofia, coordenadora de estabelecimento, deu as boas-vindas aos presentes e manifestou a sua satisfação pela oportunidade que todos estavam a ter, nomeadamente os alunos, ao viverem aquele momento único. O Pe. José Augusto, que agradeceu a calorosa receção, explicou a simbologia da cruz e da imagem e, rapidamente, sugeriu às crianças que se aproximassem dos símbolos, que lhes tocassem, pois era esse o objetivo da sua presença ali.
O encontro terminou com outro momento musical e os símbolos seguiram a sua viagem.
Ficou o brilho nos olhares e o barulho normal nos corredores, de regresso às salas de aula. Mas a vida não se limitou a continuar. Foi transformada, ficou um sinal, ficou uma marca que cada um deles, no futuro, se encarregará de trazer à memória coletiva: os símbolos estiveram na minha escola, em Alquerubim, e eu estava lá.
Os símbolos das JMJ seguiram a sua viagem em direção a S. João de Loure onde, depois de visitarem outras instituições, foram acolhidos pela comunidade educativa da escola básica de S. João de Loure. Numa iniciativa articulada entre a paróquia de S. João de Loure e o grupo de EMRC, a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani foram acolhidos ao som de música instrumental, interpretada por alunos de educação musical do 6ºH, envolvida pela poesia de António Gedeão (‘Pedra Filosofal’) e Sophia de Mello Breyner (‘A Paz sem Vencedor e sem Vencidos’), pela voz de alunos do 8º e 9º anos.
As palavras do Pe. José Augusto Nunes, pároco também da comunidade de S. João de Loure, recordaram que ‘com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Aludindo à imagem, referiu depois que, de acordo com o site oficial da jornada Mundial da Juventude, ‘desde 2003 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes.’
A concluir o momento, cada um dos participantes, fortemente motivado pela densidade simbólica do momento, foi interpelado, pela voz dos utentes da ASIV (Associação Social para Idosos com Vida da Freguesia de S. João de Loure e Frossos): ‘vai, amigo’, vai… Vai anunciar a todos os homens alegria e paz’.
Como aconteceu em tantos contextos pelos quais passaram estes dois símbolos, também em S. João de Loure se assistiu à reconciliação. Como contava uma das alunas participantes, em volta dos símbolos criou-se contexto para a sua reconciliação com a Igreja, com quem andava desencontrada…
Os professores de EMRC deixaram agradecimentos expressos aos alunos envolvidos na preparação dos momentos artísticos, aos diretores de turma e professores titulares, assistentes operacionais e coordenações das escolas, e, particularmente, aos professores de Educação Musical, João Costa, e de Português, Olga Bastos.