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Na passada sexta-feira (15 dez), realizou-se a bem sucedida Lan party 23 na nossa escola. Um evento que teve a sua génese nos professores do grupo de informática, mas que acabou por ganhar asas nos alunos de TGPSI (Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos), nomeadamente do 2ºano.
Antes demais, o que é mesmo uma Lan Party? Uma LAN Party não é mais do que um evento social organizado, onde os participantes dispõem de computadores pessoais que estabelecem uma conexão a uma rede local (LAN – local area network) entre estes, via um router ou um ponto de acesso sem fios, com o principal intuito de jogarem em grupos videojogos multijogadores específicos.
Esclarecido o verdadeiro caráter deste acontecimento, há que relatar o que foi a Lan Party 23 do AEAAV. Porém, o evento, em si, foi o culminar de um árduo trabalho subterrâneo dos alunos, sobretudo do 2F, e dos professores de informática. Tudo se iniciou nas aulas de SO (Sistemas Operativos) e AC (Arquitetura de Computadores) onde os dois turnos da turma, testaram a viabilidade de velhos routers, cravaram fichas RJ45 em cabos ethernet (vulgo, os cabos de rede com as suas ponteiras), avaliaram dispositivos de acesso à rede sem fios (vulgo, pontos de acesso wireless - antenas), delinearam a estruturação da rede de suporte e implementaram-na, assim como, a redação do regulamento da atividade e das regras do campeonato, da campanha de divulgação e meios de inscrição. Para além, da eleição dos jogos a prover e de testarem da rede em carga com os computadores em jogo, como na montagem do espaço. Porém, este processo coletivo teve os seus inúmeros desafios, que obrigou a muita criatividade e persistência dos alunos e professores acompanhantes a solucioná-los, para que no dia tudo pudesse fluir.
No próprio dia, foi uma animada festa de videojogos multijogadores (com o Valorant e o CS Go Legacy). Onde se sentia uma alegria por entre os alunos da organização, como dos alunos participantes. Todavia, denotou-se uma elevada proatividade, uma grande responsabilidade e envolvência na equipa de alunos de TGPSI alocados ao evento. Algo patente, no modo como se autogeriram: na distribuição das funções entre eles e responsabilização nas respetivas tarefas; na coordenação e gestão em tempo real da equipa ao longo do dia, como de todo o evento; no solucionar de algumas questões técnicas e dificuldades dos jogadores; nas respostas imediatas às solicitações dos alunos participantes e imprevistos; na gestão dos tempos e organização dos turnos de jogos das várias equipas; na pronta colaboração na assistência à instalação e no retirar dos equipamentos dos jogadores das mesas; no acompanhamento e informação de proximidade dos jogadores no espaço; bem como na arrumação de toda a sala no final do dia. Por outras palavras, os professores acompanhantes meramente intervieram nas questões mais técnicas da rede de suporte, sendo o resto assegurado pelos alunos da organização.
Em suma, para nós, os professores de informática, foi um genuíno orgulho, assistir a este evento, quase, como meros observadores ou supervisores passivos, pois os alunos envolvidos na organização evidenciaram habilidades e competências de organização, planeamento, divisão de tarefas e funções e de coordenação da gestão em tempo real da festa. Outro ponto de regozijo, foi a adesão e a bom camaradagem entre as diversas equipas e jogadores (i. é, os alunos de vários anos letivos participantes). Por fim, destacamos a envolvência de um número apreciável de alunas, o género feminino, como jogadoras. Atendendo, que as áreas tecnológicas são parcas em mulheres, ver estas alunas nos diversos torneios ao longo do dia, quiçá poderá deste modo abrir uma janela para atrair mais mulheres para estes domínios das tecnologias e engenharias.